Transtornos depressivos | A tristeza
- Rachel, Psicóloga
- 20 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de mai.

A tristeza é uma emoção que sinaliza quando as coisas não estão bem.
Há perda de interesse no mundo externo e começa assim os desafios desse humor que pode baixar a guarda do passo da vida, que é quando entra o sentimento de fraqueza, de vazio, a auto - estima vulnerável, o modo pessimista de olhar a vida e a vulnerabilidade de perda, tomam o tempo dos que sofrem de tristeza. O auto - tratamento do triste começa ao pôr contato com o outro lado dos sentimentos que preencham a estima por si, o auto - cuidado que são as necessidades primordiais.
A condição deste humor advém algumas vezes de pessoas que possam ter a melancolia como maior recurso psíquico disponível, isso parte de estruturas que lacearam a forma de estabelecer conexão ao redor, porque a pessoa 'melancólica' pode viver bem dentro de seu estado, mas algumas vezes por fatores variados encobre a melhoria da qualidade de sua vida por acomodar e não movimentar outras necessidades que tenha. Quando estaciona o humor, cai na lamentação e põe a vida em modo espera. E esse é apenas um exemplo, de como a depressão pode achar morada e desenvolver transtornos na vida.
Outros se acometem de "reações de aniversário" que são aquelas situações, frequentemente encontradas na clínica, em que estados depressivos se instalam, as vezes subitamente, em torno das datas de aniversário de morte ou de separação de uma pessoa querida. O luto é acompanhado por uma perda de interesse no mundo externo, por uma parada momentânea na capacidade de investir afeto em um novo objeto ideal e por uma fuga de qualquer atividade não conectada com a perda. Apesar da realidade indicar que o objeto amado não mais existe, a pessoa enlutada é, inicialmente, incapaz de se desvincular do que foi perdido. O luto tem um 'tempo saudável' de reorganizar o lugar dos afetos. Há quem não saiba atravessar o luto após o 'tempo saudável' e entra em adoecimento.
Há um culto cultural a alegria que assombra quem tenha características da melancolia prevalecendo na sua personalidade, e não há nada de mal em saber viver mais internamente, o que não se recomenda é que a melancolia seja porta de entrada do mal estar da solidão e dos abandonos de si e de atividades que possam colorir a vida em condutas saudáveis.
A maior parte dos transtornos depressivos podem ser tratados por psicoterapia suportiva breve, outros casos associados podem ser de trato longo, que tem dinâmicas diferentes, porém as duas formas são eficazes. Portanto se você tem sintomas que preocupem, ou conhece alguém que tenha: indique. Tudo começa com uma boa avaliação psicológica, feita com leveza e bom direcionamento.